Este post tem que sair glorioso... rs
Era bom que saísse...
Uma pergunta.
Você conhece uma banda inglesa chamada Radiohead?
Outra pergunta
Você sabe o que é ser desajustado?
Não o desajustado interno e que usa uma máscara para ajustar-se, o desajustado que assume que não cabe, que não é e nem pode ser nada do já existente...
Talvez a única característica que une tantos desajustados... estranhos... seja justamente o não ajustar-se, mas por motivos muito diferentes.
Agora pense que você ama uma banda, que parece que canta para você. Faz hinos em homenagem a você, como se fosse uma mágica, alguém compreende tudo aquilo que se passa dentro de você.
“But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here.”
Aconteceu há uns anos atrás... Na MTV, rolava um clipe de um cara dentro de uma roupa de mergulho... A roupa ia aos poucos ficando cheia de água e um close desesperador mostrava um homem magro, branco, com dentes desalinhados, olhos desconexos, uma voz linda, inebriante, tocante. O olhar trazia um carisma, algo de doloroso que parece ter ligação direta com algo dentro de nós seres humanos. A compaixão. A troca.
Aquele homem sufocando dentro da roupa de mergulho implorava “No alarms and no surprises, please”.
Enfim, era a minha apresentação formal ao quinteto formado por Colin Charles Greenwood, Jonathan Richa Greenwood, Edward John O’Brien, Philip James Selway e Thomas Edward Yorke. O homem que se afogava era Thom Yorke.
Depois de “No Surprises”, eu iria descobrir que existia uma música que falava ainda mais diretamente comigo “Creep”, tida por muitos como uma canção óbvia demais, mas a minha preferida.
O que aconteceu no domingo, dia 22 de março de 2009, foi algo esperado por muito tempo por nós brasileiros. Finalmente, Radiohead estava no Brasil.
Às 21h45 já não dava mais para segurar a emoção, naquele palco lindo montado na minha frente, estaria, ao vivo, dentro de alguns instantes, em carne, osso e coração, a melhor banda do mundo, Radiohead.
Não é um exagero dizer que Radiohead é hoje a melhor banda do mundo, pense nos artistas que fazem sucesso hoje, pense em suas letras, pense na mensagem que querem passar. Pense nas inovações musicais. Pense em como trabalham o marketing. Após pensar em tudo isso, tente imaginar se há um álbum que seja a culminação de tudo isso como é In Rainbows. Você não vai conseguir porque não há nada melhor em nenhum quesito destes arrolados.
Radiohead é hoje a banda mais inteligente da atualidade. Produz o melhor som.
Do primeiro álbum até aqui, muita coisa mudou, a banda tem vários estilos. Aqueles que pensam que se trata de uma banda que canta em nome da tristeza, certamente conhece pouco da sua trajetória, senão, apenas “Creep”, o primeiro sucesso.
Muito bem sacado pelos organizadores do evento a apresentação dos robôs alemães, Kraftwerk... O som de todo mundo que utiliza algo de eletrônico é influenciado por eles. Eles são os pais da música eletrônica. E, é claro que o gênio Thom sabe disso...
Não posso deixar de dizer que a abertura do Los Hermanos foi uma emoção à parte para mim, fã incondicional do quarteto carioca. Foi muito bom cantar junto com a banda minhas músicas preferidas. Agradeço imensamente por cantarem “O vento”, “Último romance”, “A flor”. Naquele momento, eu fui toda voz e coração... Feliz... Feliz... Feliz...
Mas, a noite estava só começando. Após despedir-me de Amarante, Camelo, Medina e Barba, torcendo para que retornem em breve ao convívio de nós, fãs abandonados, aguardei ansiosamente pelo show do Radiohead. Foi divertido ver os robozinhos avisando “We are the robot”...
É, eu botei reparo que eles eram robôs... Não precisavam me contar não...
Escuro... desespero dos fãs... e, eis que surge com seu show tecnicamente perfeito... Radiohead...
O Thom Yorke é de um carisma inacreditável, com olhos cerrados, focados em um mundo seu, ou com dancinhas que lembram o memorável Ian Curtis, era todo sentimento...
Foi sensacional...
Para fechar com chave de ouro, aquela música que parece que foi feita só para mim, mas eu sei que foi feita para uma multidão de gente que se sente “descolada” como eu, não descolada que significa “legal”. Descolada do universo... “Creep” soou pelos alto-falantes e um palco pirotécnico acompanhava as batidas da música que, nessa noite, tenho certeza, não pareceu a ninguém óbvia.
Outro dia perguntaram para mim: Você conhece as músicas do Radiohead?
E, logo um complemento: Não toca no rádio...
É Radiohead toca pouco no rádio... Sabe por que?
Porque não é uma banda que faz músicas para a massa.
Eles fazem música para um tipo de fã especial, aquele que adora boa música e que tem QI para entender que sentimento é muito mais que cantar “I need you” para alguém.
Se você leu tudo isso que está escrito aqui e partilha da maior parte dos meus modestos “achismos”, você sabe do que eu estou falando. Não cabe a mim explicar.
Para minha querida parceira, irmã, amor da minha vida... Sorriso diário... Amor incondicional...
Obrigada por partilhar comigo deste momento tão lindo... Carregaremos a emoção deste dia para o resto das nossas vidas... Somos pessoas tão diferentes, mas ligadas não só pela carne, mas por aquele sentimento de desajustamento dito lá no início.
Somos hermanas, sempre...
Radiohead, sempre...
E, abertas a tudo... sempre...
A você que não foi... Sinto informar, perdeu o melhor show do mundo...
Era bom que saísse...
Uma pergunta.
Você conhece uma banda inglesa chamada Radiohead?
Outra pergunta
Você sabe o que é ser desajustado?
Não o desajustado interno e que usa uma máscara para ajustar-se, o desajustado que assume que não cabe, que não é e nem pode ser nada do já existente...
Talvez a única característica que une tantos desajustados... estranhos... seja justamente o não ajustar-se, mas por motivos muito diferentes.
Agora pense que você ama uma banda, que parece que canta para você. Faz hinos em homenagem a você, como se fosse uma mágica, alguém compreende tudo aquilo que se passa dentro de você.
“But I'm a creep, I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here.”
Aconteceu há uns anos atrás... Na MTV, rolava um clipe de um cara dentro de uma roupa de mergulho... A roupa ia aos poucos ficando cheia de água e um close desesperador mostrava um homem magro, branco, com dentes desalinhados, olhos desconexos, uma voz linda, inebriante, tocante. O olhar trazia um carisma, algo de doloroso que parece ter ligação direta com algo dentro de nós seres humanos. A compaixão. A troca.
Aquele homem sufocando dentro da roupa de mergulho implorava “No alarms and no surprises, please”.
Enfim, era a minha apresentação formal ao quinteto formado por Colin Charles Greenwood, Jonathan Richa Greenwood, Edward John O’Brien, Philip James Selway e Thomas Edward Yorke. O homem que se afogava era Thom Yorke.
Depois de “No Surprises”, eu iria descobrir que existia uma música que falava ainda mais diretamente comigo “Creep”, tida por muitos como uma canção óbvia demais, mas a minha preferida.
O que aconteceu no domingo, dia 22 de março de 2009, foi algo esperado por muito tempo por nós brasileiros. Finalmente, Radiohead estava no Brasil.
Às 21h45 já não dava mais para segurar a emoção, naquele palco lindo montado na minha frente, estaria, ao vivo, dentro de alguns instantes, em carne, osso e coração, a melhor banda do mundo, Radiohead.
Não é um exagero dizer que Radiohead é hoje a melhor banda do mundo, pense nos artistas que fazem sucesso hoje, pense em suas letras, pense na mensagem que querem passar. Pense nas inovações musicais. Pense em como trabalham o marketing. Após pensar em tudo isso, tente imaginar se há um álbum que seja a culminação de tudo isso como é In Rainbows. Você não vai conseguir porque não há nada melhor em nenhum quesito destes arrolados.
Radiohead é hoje a banda mais inteligente da atualidade. Produz o melhor som.
Do primeiro álbum até aqui, muita coisa mudou, a banda tem vários estilos. Aqueles que pensam que se trata de uma banda que canta em nome da tristeza, certamente conhece pouco da sua trajetória, senão, apenas “Creep”, o primeiro sucesso.
Muito bem sacado pelos organizadores do evento a apresentação dos robôs alemães, Kraftwerk... O som de todo mundo que utiliza algo de eletrônico é influenciado por eles. Eles são os pais da música eletrônica. E, é claro que o gênio Thom sabe disso...
Não posso deixar de dizer que a abertura do Los Hermanos foi uma emoção à parte para mim, fã incondicional do quarteto carioca. Foi muito bom cantar junto com a banda minhas músicas preferidas. Agradeço imensamente por cantarem “O vento”, “Último romance”, “A flor”. Naquele momento, eu fui toda voz e coração... Feliz... Feliz... Feliz...
Mas, a noite estava só começando. Após despedir-me de Amarante, Camelo, Medina e Barba, torcendo para que retornem em breve ao convívio de nós, fãs abandonados, aguardei ansiosamente pelo show do Radiohead. Foi divertido ver os robozinhos avisando “We are the robot”...
É, eu botei reparo que eles eram robôs... Não precisavam me contar não...
Escuro... desespero dos fãs... e, eis que surge com seu show tecnicamente perfeito... Radiohead...
O Thom Yorke é de um carisma inacreditável, com olhos cerrados, focados em um mundo seu, ou com dancinhas que lembram o memorável Ian Curtis, era todo sentimento...
Foi sensacional...
Para fechar com chave de ouro, aquela música que parece que foi feita só para mim, mas eu sei que foi feita para uma multidão de gente que se sente “descolada” como eu, não descolada que significa “legal”. Descolada do universo... “Creep” soou pelos alto-falantes e um palco pirotécnico acompanhava as batidas da música que, nessa noite, tenho certeza, não pareceu a ninguém óbvia.
Outro dia perguntaram para mim: Você conhece as músicas do Radiohead?
E, logo um complemento: Não toca no rádio...
É Radiohead toca pouco no rádio... Sabe por que?
Porque não é uma banda que faz músicas para a massa.
Eles fazem música para um tipo de fã especial, aquele que adora boa música e que tem QI para entender que sentimento é muito mais que cantar “I need you” para alguém.
Se você leu tudo isso que está escrito aqui e partilha da maior parte dos meus modestos “achismos”, você sabe do que eu estou falando. Não cabe a mim explicar.
Para minha querida parceira, irmã, amor da minha vida... Sorriso diário... Amor incondicional...
Obrigada por partilhar comigo deste momento tão lindo... Carregaremos a emoção deste dia para o resto das nossas vidas... Somos pessoas tão diferentes, mas ligadas não só pela carne, mas por aquele sentimento de desajustamento dito lá no início.
Somos hermanas, sempre...
Radiohead, sempre...
E, abertas a tudo... sempre...
A você que não foi... Sinto informar, perdeu o melhor show do mundo...
2 comentários:
Sabe o que é, nós somos a arte abstrata, de traços e riscos, tortos que a maioria prefere não se cansar entendendo e prefere rotular, estranhos!
Foi o melhor show da minha vida definitivamente, fico feliz de pensar que vc esteve ao meu lado,e também de estar ao seu lado no seu primeiro, de muitos espero eu, show dos Hermanos.
E pensando bem, eu não queria que tivesse sido de outro jeito.
A nunca sei se estou feliz ou não, mas acredito que neste dia se não alcancei a felicidade cheguei o mais proximo.
Obrigada por existir
Pois é Maga e Joplin!
Analisando vcs duas como arte, mesmo que a pregnância da forma as pontue pouco pelos altos indíces de complexidade interna de vcs duas.
Arte é arte! e não entende-la muitas vezes faz parte do processo de admiração! do gostar e não se saber o porque!
Resumindo, vc duas são bem louquinhas mais eu gosto muito de vcs!
As minhas duas sempre irmãzinhas!
Obs. E como eu tenho uma parcela de culpa por esse delírio duplo de vcs neste show resolvi deixar umas palavras!
Bjs e juízo par vcs!
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